terça-feira, 24 de janeiro de 2017

[Opinião] Escola sem partido, um grande retrocesso na educação brasileira


Futuro, as ideias serão todas quadradas.
Nunca, no Brasil, vivemos uma tão forte polarização política, e o efeito dessa polarização vai além dos calorosos debates políticos nas tribunas das assembleias e nas ruas. A efervescência elevada nesse campo de embates políticos/sociais elevou-se tanto que levou essa disputa para o campo da educação brasileira, claro que já se discutia temas razoavelmente calorosos e difíceis de um consenso uníssono.

De fato, é inegável a tentativa de doutrinação que acontece por parte de alguns professores mais radicais naquilo que acreditam. Porém, levar a sala de aula o que se pensa, não é peremptoriamente errôneo, o que pode levar a um erro grotesco é impor a mordaça ao discente, e tira-lhe o direito de pensar ou questionar, pois não existe pessoas isenta de ideologia, isenta de uma bagagem histórica que pesa na balança ao expor seus pensamentos, de certo é errado por parte dos que mais acalorados não aceitam um discurso diferente daquilo que lhe é mais aprazível, nas isso não é motivo para se impor uma ditadura em forma de um pensamento doutrinário estatal.

Apesar do cabo de guerra formado entre socialistas, conservadores e liberais ter se tornado tão intenso na área educacional, a imposição de uma legislação que comprometa o debate e amordace os professores quanto aos assuntos históricos ou atuais não será benéfico na formação dos discentes, pois que tipo de pessoas iremos preparar para o mundo, se não um cidadão que não pensa ou questiona.

Por fim, o debate em torno do projeto de lei 193/2016 traz o foco a educação brasileira que se encontra em uma encruzilhada devido a diversas mazelas que já é de conhecimento de todos. Com isso, os gestores deveriam aproveitar a oportunidade da inserção da educação na agenda pública para discutir e consolidar aquilo que já é proposto,  e que na realidade não chegou a sombra do que está no papel.

Adriano de Alexandria Editor

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