sábado, 8 de abril de 2017

[Opinião] Natal é a cidade mais violenta do Brasil, um prenúncio de um governo estadual ineficiente




A falta de Políticas Públicas em combate a crescente do aumento da violência é um fato que evidencia um governo engessado.

Imagem: http://bit.ly/2oTlVdS
Para alguns, a divulgação destes dados não é uma novidade, quanto a inserção de tais cidades na lista de mais violentas. Não é de hoje que nossas capitais figuram na lista de mais violentas a nível mundial, a anos agonizam num caos social constante.
Segundos dados de 2016, informados pela ONG mexicana Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal, para cada 100 mil habitantes ocorre cerca de 69,56 homicídios. Numa lista de 50 cidades, Natal/RN figura na 10ª cidade mais violenta a nível mundial, e em primeiro lugar no Brasil. Acompanhado de mais 19 cidades brasileiras nesse ranking de 50 cidades, consideradas as mais violentas do mundo.

A escalada da violência no estado é notada a olho nu, não é preciso se validar de dados para perceber o aumento absurdo no nível da violência, seja qual for o tipo de violência sofrida. Agora, até as cidades com menos de 10 mil habitantes já sofrem esse aumento vertiginoso da violência provocado pela inserção das drogas. A realidade dura desse aumento está estampado nos jornais a cada dia, notícias de mortes quase que diárias, e diversas outros tipos de violência a qual o cidadão potiguar enfrenta em seu cotidiano.

Deficiência do estado culminou no aumento de uma realidade constante, vamos a ela:

Falta de efetivo policial e de uma valorização do quadro atual eleva a má qualidade do serviço prestada culminando no aumento da violência. O RN possui um déficit atualmente de 10.035 agentes de segurança pública e justiça, se somados os déficits da PM, Civil, Agentes Penitenciários e Corpo de Bombeiros Militar. Não apenas a questão do efetivo da segurança pública é algo a ser melhorado, como também a estrutura física para se ter um serviço de qualidade razoável. Exemplo disso são as más estruturas das guarnições, presídios entre outros.

Um problema social/político.

Vale ponderar a importância de um estado eficiente no seu poder de polícia, mas não é apenas isso o garantidor de uma sociedade menos violenta. O enfrentamento atual por parte do governo federal "a guerra as drogas" é o elemento principal nessa escalada da violência urbana nos dias atuais em nossas capitais, sendo as drogas ilícitas objeto desse terror vivido por todos, o elemento causador desse caos nas vidas do potiguares está longe de ser resolvido com um aumento de efetivo e estrutura, não que isso não seja importante (aumento o efetivo/estrutura), é sim, mas a guerra as drogas passam pela mudança da política pública de enfrentamento atual, política essa ineficiente, que a décadas a fio vem causando vítimas, em sua maioria pobre e negra da periferia das capitais.

A nível estadual o governo deveria criar novos moldes de enfrentamento, já que a descriminalização das drogas, bem como a regulamentação é uma questão nacional, apenas o legislativo nacional pode mudar as leis atuais, leis essas que não resolveram e sim aumentaram o problema do encarceramento, que entope os tribunais e sistema carcerário, e outros correlatos a essa política de combate as drogas ilícitas.

Partindo de políticas locais, o governo estadual tentaria sair dessa constante escalar que se eleva a cada ano, utilizando-se de Políticas Públicas que seriam de viés social, incluindo a camada mais vulnerável da sociedade, camada essa que é grande sofredora do caos social que enfrenta nosso pais.

Investimentos em políticas de enfrentamento por meio de políticas garantidoras de direitos, como saúde e educação e renda mínima, é um passo inicial para mudança de uma realidade a cada dia mais difícil.

Adriano de Alexandria Editor

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