A falta de Políticas Públicas em combate a crescente do aumento da violência é um fato que evidencia um governo engessado.
Para alguns, a divulgação
destes dados não é uma novidade, quanto a inserção de tais cidades na lista de mais violentas. Não é de
hoje que nossas capitais figuram na lista de mais violentas a nível mundial, a
anos agonizam num caos social constante.
Segundos dados de 2016,
informados pela ONG mexicana Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça
Penal, para cada 100 mil habitantes ocorre cerca de 69,56 homicídios. Numa
lista de 50 cidades, Natal/RN figura na 10ª cidade mais violenta a nível
mundial, e em primeiro lugar no Brasil. Acompanhado de mais 19 cidades
brasileiras nesse ranking de 50 cidades, consideradas as mais violentas do
mundo.
A escalada da violência no
estado é notada a olho nu, não é preciso se validar de dados para perceber o
aumento absurdo no nível da violência, seja qual for o tipo de violência
sofrida. Agora, até as cidades com menos de 10 mil habitantes já sofrem esse
aumento vertiginoso da violência provocado pela inserção das drogas. A
realidade dura desse aumento está estampado nos jornais a cada dia, notícias de
mortes quase que diárias, e diversas outros tipos de violência a qual o cidadão
potiguar enfrenta em seu cotidiano.
Deficiência
do estado culminou no aumento de uma realidade constante, vamos a ela:
Falta de efetivo policial e de
uma valorização do quadro atual eleva a má qualidade do serviço prestada culminando no aumento da violência. O RN
possui um déficit atualmente de 10.035 agentes de segurança pública e justiça,
se somados os déficits da PM, Civil, Agentes Penitenciários e Corpo de
Bombeiros Militar. Não apenas a questão do efetivo da segurança pública é algo a ser melhorado, como
também a estrutura física para se ter um serviço de qualidade razoável. Exemplo
disso são as más estruturas das guarnições, presídios entre outros.
Um
problema social/político.
Vale ponderar a importância de
um estado eficiente no seu poder de polícia, mas não é apenas isso o garantidor
de uma sociedade menos violenta. O enfrentamento atual por parte do governo federal "a guerra as drogas" é o
elemento principal nessa escalada da violência urbana nos dias atuais em nossas
capitais, sendo as drogas ilícitas objeto desse terror vivido por todos, o
elemento causador desse caos nas vidas do potiguares está longe de ser
resolvido com um aumento de efetivo e estrutura, não que isso não seja importante
(aumento o efetivo/estrutura), é sim, mas a guerra as drogas passam pela
mudança da política pública de enfrentamento atual, política essa ineficiente,
que a décadas a fio vem causando vítimas, em sua maioria pobre e negra da
periferia das capitais.
A nível estadual o governo
deveria criar novos moldes de enfrentamento, já que a descriminalização das
drogas, bem como a regulamentação é uma questão nacional, apenas o legislativo
nacional pode mudar as leis atuais, leis essas que não resolveram e sim
aumentaram o problema do encarceramento, que entope os tribunais e sistema carcerário,
e outros correlatos a essa política de combate as drogas ilícitas.
Partindo de políticas locais,
o governo estadual tentaria sair dessa constante escalar que se eleva a cada
ano, utilizando-se de Políticas Públicas que seriam de viés social, incluindo a
camada mais vulnerável da sociedade, camada essa que é grande sofredora do caos
social que enfrenta nosso pais.
Investimentos em políticas de
enfrentamento por meio de políticas garantidoras de direitos, como saúde e
educação e renda mínima, é um passo inicial para mudança de uma realidade a cada dia mais
difícil.
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